Pode-se gostar ou não de Carlos Arthur Nuzman, mas em algumas ocasiões é impossível não tirar o chapéu para o sujeito. Em um release divulgado pela assessoria de imprensa do Comitê Olímpico Brasileiro, fiquei sabendo que Nuzman passará a integrar o Hall da Fama do vôlei, em cerimônia marcada para o próximo dia 11, na cidade de Holyoke, Massachusetts (EUA), terra na qual o esporte foi criado em 1885.
O feito é ainda mais impressionante porque Nuzman será o primeiro dirigente esportivo do mundo a entrar para a galeria dos heróis do vôlei mundial. A justificativa para tamanha deferência? O trabalho desenvolvido no vôlei brasileiro de 1975 a 1996, quando esteve no comando da modalidade, e pela transformação do vôlei de praia em modalidade olímpica a partir de Atlanta-96.
Então tá bom. Não que ele não tenha mérito algum, mas foram as mãos de Nuzman que bloquearam bolas ou fizeram ataques indefensáveis? Foi o Nuzman ou a turma de William, Montanaro, Renan e Bebeto de Freitas que tornou o vôlei um esporte conhecido do grande público?
A torcida vibrou com os eloqüentes discursos de Nuzman ou com o time de ouro de Barcelona, com os geniais Maurício, Tande, Giovane, Carlão e Zé Roberto Guimarães? E o que emocionou mais: as ações de Nuzman como administrador ou o time quase imbatível de Ricardinho, Escadinha, Giba, Gustavo, Nalbert e Bernardinho?
E cá entre nós, homenagear cartola é coisa que se preze para uma entidade como o Hall da Fama?
Um comentário:
Já pensou o Eurico Miranda num hall da fama do futebol?
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