Um dos jogadores mais injustiçados do futebol brasileiro foi o aniversariante de hoje, Arthur Antunes Coimbra, o Zico. Por causa da rivalidade eterna entre São Paulo e Rio de Janeiro, a imprensa paulista não dava o devido valor ao camisa 10 do Flamengo. Já a imprensa carioca só o colocava abaixo de Pelé.
Por isso, sempre que vinha jogar em São Paulo, Zico sofria com as vaias impiedosas da torcida. É verdade que ele nunca repetiu no Morumbi as mesmas atuações do Maracanã, mas o pessoal às vezes exagerava. Eu mesmo ajudei a vaiá-lo em um jogo entre Brasil x Bolívia, pela Copa América de 1979. A seleção não jogou bem, mas Zico fez um golaço e ajudou o Brasil a vencer por 2 a 0 e ganhou um admirador a partir daí.
Anos depois, já como jornalista, tive uma vez a missão de entrevistar Zico, então secretário de esportes do governo do então Presidente Fernando Collor, para o Diário Popular. Só que a agenda dele estava apertadíssima. Acompanhei uma gravação de uma entrevista ao Jô 11 e Meia, no SBT, com a esperança de conversar após a entrevista. Mas ele já tinha um outro compromisso agendado. Vendo minha decepção no rosto, Zico propôs que eu entrasse no carro com ele e começasse a entrevista, que foi encerrada no dia seguinte, durante um outro compromisso oficial. Nunca imaginei que um cara com a fama dele fosse tão simples, tão decente.
Abaixo, uma coletânea de lances e gols maravilhosos de Zico.
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