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sexta-feira, 17 de abril de 2009

Finais da Superliga: nem vidente pode adivinhar quem leva a taça

Coluna Diário Esportivo, publicada na edição de 17 de abril do Diário de S. Paulo

Decisão da Superliga é um festival de incertezas

O Ginásio do Maracanãzinho, no Rio, se transformará neste final da semana na capital do vôlei brasileiro. Os duelos entre Rexona-Ades e Finasa/Osasco, no feminino, e Cimed/Florianópolis e Vivo/Minas, no masculino, com certeza representam o que há de melhor no principal campeonato da modalidade no Brasil. O que não dá para cravar, de forma alguma, são prognósticos para estas partidas. Para falar com sinceridade, nem mesmo a Mãe Dinah seria capaz de prever quem ficará com o título.

A maior prova desta completa indefinição está na disputa entre Rexona e Osasco. O duelo que reúne as duas principais equipes do Brasil estará decidindo a Superliga pela quinta vez. Nas quatro ocasiões anteriores, o Rexona levou a melhor três vezes e o Osasco só comemorou o título diante do rival em uma única oportunidade. Nesta temporada, o time carioca, comandado pelo técnico Bernardinho, ganhou os três turnos diante das paulistas.

Diante de tudo isso, é possível apontar um favoritismo para o Rexona? De forma alguma. A dificuldade que a equipe passou para superar o Brasil Telecom na semifinal exemplifica muito bem esta indefinição. O mesmo se aplica ao Osasco. Dono do melhor elenco do país, com quatro integrantes da seleção brasileira campeã olímpica em Pequim, o time paulista também passou por dificuldades para garantir sua vaga na decisão, ao encarar um confronto parelho contra o São Caetano/Blausiegel, decidido somente no último jogo da série.

Na Superliga masculina, a situação não é menos indefinida. Na teoria, o favoritismo disparado seria do Cimed, do ótimo levantador Bruninho, que ganhou impressionantes 24 dos 26 jogos ao longo da campanha. Em compensação, o Minas, seu adversário na decisão, somou 20 vitórias e cinco derrotas. Ainda por cima, conta com uma incomoda desvantagem no confronto com seu rival de domingo: em toda esta Superliga, foram quatro vitórias do Cimed e apenas duas da equipe mineira. Mas da mesma forma que no feminino, não dá para cravar que irão ficar com a taça. O fato da decisão ser num único jogo torna qualquer prognóstico impossível.

Armadilha do regulamento
O regulamento da Superliga, que programa a decisão em apenas uma partida, é horrível. A justificativa da CBV é que o formato prepara os jogadores para o mesmo cenário de um mata-mata olímpico. Fora que abre espaço para uma tremenda injustiça, caso uma equipe inferior tecnicamente acabe ficando com o título.

Dinheiro à vista
O Confao, conselho de clubes formadores de atletas olímpicos, está vibrando com a decisão da Comissão da Lei Pelé na Câmara dos Deputados, de incluir a entidade na distribuição dos valores da Lei Agnelo/Piva. A alteração ainda precisa ser aprovada no plenário da Câmara. O COB já se posicionou contra este pedido.

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