Não estou entre os fãs (se é que eles existem) do trabalho do técnico Dunga frente à seleção brasileira. Tudo bem que isso pode ter mais a ver com a forma destemperada pela qual o técnico mantém uma conflituosa relação com a imprensa desde que assumiu o cargo, em agosto de 2006. Dunga é tosco, mal-educado, não sabe se expressar corretamente - ou seja, é um imbecil.
Mas não posso negar o óbvio: sob o comando de um técnico que jamais havia dirigido um time de botão sequer, o Brasil chega como um dos grandes favoritos para conquistar a Copa do Mundo da África do Sul, em junho. E boa parte disso deve-se ao belo trabalho de Dunga (e de seu auxiliar Jorginho).
E o prêmio para este trabalho - que nos últimos anos rendeu os títulos da Copa América de 2007 e da Copa das Confederações, no ano passado - vem da sempre polêmica Federação de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS).
Nesta última segunda-feira, eles divulgaram a lista dos melhores treinadores de seleções nacionais em 2009 e Dunga apareceu em terceiro lugar, com 149 votos, atrás do italiano Fabio Capello (técnico da Inglaterra), que teve 151 votos, e de Vicente Del Bosque, técnico da Espanha, considerado pela entidade como o melhor treinador de seleções do planeta por 185 eleitores.
E para mostrar que pelo menos esta lista da IFFHS é coerente, Diego Maradona, da Argentina, ficou em último lugar nesta eleição, empatado com Shaibu Amodu (Nigéria), Gerardo Martino (Paraguai) e Richard Herbert (Nova Zelândia), todos com apenas cinco votos. Perfeitamente coerente.
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