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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Corinthians, o exterminador de craques



Eis que mais um craque deixa o Corinthians pela portas dos fundos: desta foi o lateral-esquerdo Roberto Carlos, que acertou nesta sexta-feira seu desligamento do clube. Os detalhes podem ser lidos aqui, no relato do companheiro Bruno Winckler, do iG Esporte.

O que me espanta nesta história nem é tanto o seu desfecho, absolutamente previsível após o vexame corintianos ao ser defenestrado pelo limitado Tolima, na fase  eliminatória da Taça Libertadores. O mais impressionante é a facilidade que o Corinthians tem para enaltecer como para demonizar seus jogadores. Em especial, aqueles que são ídolos da galera.


Os exemplos não são poucos: Rivellino, após a perda do titulo paulista de 1974; Edílson, após a derrota para o Palmeiras na semifinal da Libertadores de 2000; Carlitos Tevez, na sequência da eliminação para o River Plate, na Libertadores de 2006; e agora Roberto Carlos, que nem chegou a entrar em campo no desastre diante do Tolima.


Algum gaiato poderá me detonar aqui e dizer que futebol é paixão, que isso é normal, que jogador precisa estar preparado para encarar a pressão, e bláblábláblá...Tudo isso é verdade e existem jogadores perseguidos por suas torcidas em todos os clubes. Só que o Corinthians exagera na dose.


Os mesmos torcedores (pelo menos uma boa parte) que exaltava Roberto Carlos são aqueles que atacaram o ônibus do clube na porta do CT corintiano, no Parque Ecológico do Tietê, no último sábado. Um bando de imbecis, para dizer o mínimo. E enquanto não saber domar esta esquizofrenia, que pode ser chamada também de obsessão pela Libertadores, o Corinthians continuará eliminando seus craques, ao sabor do vento e dos humores da parcela bandida de sua torcida.

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