Superliga de vôlei tem overdose de decisões
No próximo domingo, Rexona-Ades e Osasco/Finasa tem jogo marcado. Mais precisamente às 9h35, no Ginásio do Maracanãzinho (RJ), as duas melhores equipes do vôlei feminino brasileiro estarão decidindo o 3º Torneio da Superliga 2007/08. Até aí, nenhuma novidade. Porém, os mais desavisados e que não acompanham o vôlei com tanta atenção talvez desconheçam que este mesmo duelo decidiu o 2º Torneio, no dia 29/1, e ocorreu em outras duas oportunidades na Superliga, no dia 26/1 e nesta última terça-feira. E só não foi realizado na final do 1º Torneio porque o Rexona foi eliminado antes.
Esta verdadeira overdose de decisões deve-se a uma mudança no regulamento feita na atual temporada pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), com o objetivo de tornar a competição mais interessante para a TV e de trazer mais emoção ao torneio. Mas vamos falar sério: será que está dando certo mesmo?
Falta de motivação
Um dos pontos que mais me incomoda neste festival de decisões é o sentimento de certa inutilidade que ele me traz. Na prática, a equipe ganhadora de cada final ganha dois pontos, enquanto a perdedora recebe um na classificação geral (a que irá definir os oito finalistas). Só que esta seria a mesma pontuação destinada a cada equipe se a Superliga fosse ainda disputada no tradicional sistema turno-returno e playoff decisivo. Mas a pior parte foi guardada para a final, que será realizada em somente uma partida. Ou seja, aquele time que liderou o campeonato todo, atropelando os adversários um a um, pode ver todo o trabalho de uma temporada ir para a lata do lixo se por acaso fizer uma única partida ruim. Mais injusto, impossível.
Proibido criticar
Se é ruim em fazer regulamentos, a CBV também possuí um outro grave defeito: o autoritarismo. Há anos existe um item nos regulamentos da Superliga que proíbe jogadores, técnicos, dirigentes e outras pessoas ligadas diretamente à competição de fazerem comentários que a entidade classifique como “depreciativos”.
Capitão punido
E foi justamente por expressar seu descontentamento com a nova fórmula de disputa que o ponteiro Nalbert, do Minas, foi advertido no ano passado. E qual foi o grande pecado do capitão da equipe medalha de ouro em Atenas? “Eu discordo completamente do fato de a final ser realizada em um único jogo. O grande filé mignon vai durar muito pouco”.
Bom presságio
Os resultados obtidos pela equipe brasileira de boxe na Copa da Independência, na República Dominicana, onde levou três ouros (um deles sobre um cubano) trazem um clima de otimismo para a disputa do Pré-Olímpico de Trinidad e Tobago, a partir de 10 de março.
Crédito da foto: Alexandre Arruda/CBV - jogo Rexona x Osasco - 29/01/08
No próximo domingo, Rexona-Ades e Osasco/Finasa tem jogo marcado. Mais precisamente às 9h35, no Ginásio do Maracanãzinho (RJ), as duas melhores equipes do vôlei feminino brasileiro estarão decidindo o 3º Torneio da Superliga 2007/08. Até aí, nenhuma novidade. Porém, os mais desavisados e que não acompanham o vôlei com tanta atenção talvez desconheçam que este mesmo duelo decidiu o 2º Torneio, no dia 29/1, e ocorreu em outras duas oportunidades na Superliga, no dia 26/1 e nesta última terça-feira. E só não foi realizado na final do 1º Torneio porque o Rexona foi eliminado antes.
Esta verdadeira overdose de decisões deve-se a uma mudança no regulamento feita na atual temporada pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), com o objetivo de tornar a competição mais interessante para a TV e de trazer mais emoção ao torneio. Mas vamos falar sério: será que está dando certo mesmo?
Falta de motivação
Um dos pontos que mais me incomoda neste festival de decisões é o sentimento de certa inutilidade que ele me traz. Na prática, a equipe ganhadora de cada final ganha dois pontos, enquanto a perdedora recebe um na classificação geral (a que irá definir os oito finalistas). Só que esta seria a mesma pontuação destinada a cada equipe se a Superliga fosse ainda disputada no tradicional sistema turno-returno e playoff decisivo. Mas a pior parte foi guardada para a final, que será realizada em somente uma partida. Ou seja, aquele time que liderou o campeonato todo, atropelando os adversários um a um, pode ver todo o trabalho de uma temporada ir para a lata do lixo se por acaso fizer uma única partida ruim. Mais injusto, impossível.
Proibido criticar
Se é ruim em fazer regulamentos, a CBV também possuí um outro grave defeito: o autoritarismo. Há anos existe um item nos regulamentos da Superliga que proíbe jogadores, técnicos, dirigentes e outras pessoas ligadas diretamente à competição de fazerem comentários que a entidade classifique como “depreciativos”.
Capitão punido
E foi justamente por expressar seu descontentamento com a nova fórmula de disputa que o ponteiro Nalbert, do Minas, foi advertido no ano passado. E qual foi o grande pecado do capitão da equipe medalha de ouro em Atenas? “Eu discordo completamente do fato de a final ser realizada em um único jogo. O grande filé mignon vai durar muito pouco”.
Bom presságio
Os resultados obtidos pela equipe brasileira de boxe na Copa da Independência, na República Dominicana, onde levou três ouros (um deles sobre um cubano) trazem um clima de otimismo para a disputa do Pré-Olímpico de Trinidad e Tobago, a partir de 10 de março.
Crédito da foto: Alexandre Arruda/CBV - jogo Rexona x Osasco - 29/01/08
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