A política já ameaça estragar a festa olímpica
Já faz tempo, e bota tempo nisso, que a maior festa esportiva do planeta não era contaminada pelos desentendimentos políticos entre as nações. Para ser mais exato, há 20 anos foi a última vez em que uma edição dos Jogos Olímpicos sofreu um boicote. Em Seul-1988, sete países, tendo Cuba como carro-chefe, decidiram boicotar as Olimpíadas graças à negativa dos sul-coreanos em permitir a participação da vizinha Coréia do Norte na organização do evento. Desde então, o esporte vinha sempre triunfando.
Mas já há quem aposte que esta paz será quebrada justamente duas décadas depois, em Pequim. Por causa dos protestos na região do Tibete — que resultaram em violenta repressão das autoridades chinesas nos últimos dias —, políticos do mundo inteiro estão se manifestando contra a posição da China. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, chegou a declarar que não descarta a possibilidade de um boicote de seu país aos Jogos se a questão do Tibete não for bem resolvida pelos chineses. Para piorar, até a tradicional cerimônia do acendimento da tocha olímpica, realizada na última segunda-feira, em Atenas, foi alvo de um protesto, realizado pela ONG "Repórteres Sem Fronteiras", que exibiu uma bandeira com algemas substituindo os anéis olímpicos.
Maratona de protestos
Pelo jeito, a confusão ocorrida na cerimônia da tocha foi apenas a primeira de uma série. Grupos de manifestantes pró-Tibete prometem atrapalhar o trajeto da tocha olímpica, que passará por 22 países, além de diversas regiões da China. Os chineses, por sinal, já começam a se incomodar com as referências ao problema no Tibete feitas pela imprensa internacional. Um editorial do jornal inglês “Sunday Times” comparou os Jogos de Pequim aos de Berlim-1936, marcados pela força do regime nazista de Adolf Hitler.
Exemplos no passado
Os boicotes anteriores na história olímpica: em Melbourne-56, sete países (a Espanha entre eles) não participaram graças à invasão soviética à Hungria e pelo conflito árabe-israelense; em Montreal-76, 22 países africanos se negaram a disputar por causa da presença da Nova Zelândia, cuja seleção de rúgbi disputara um torneio na África do Sul, que vivia então o regime do apartheid; e os boicotes mais famosos, em Moscou-80, liderado pelos EUA (protestando pela invasão soviética ao Afeganistão), e em Los Angeles-84, comandado pela União Soviética e seus aliados, como resposta ao protesto americano.
O maiô da discórdia
Dos 16 recordes mundiais batidos na natação este ano, 15 foram obtidos por atletas que usavam o polêmico traje LZR Racer. Cartolas da Federação Internacional de Natação (Fina) vão analisar o caso.
Já faz tempo, e bota tempo nisso, que a maior festa esportiva do planeta não era contaminada pelos desentendimentos políticos entre as nações. Para ser mais exato, há 20 anos foi a última vez em que uma edição dos Jogos Olímpicos sofreu um boicote. Em Seul-1988, sete países, tendo Cuba como carro-chefe, decidiram boicotar as Olimpíadas graças à negativa dos sul-coreanos em permitir a participação da vizinha Coréia do Norte na organização do evento. Desde então, o esporte vinha sempre triunfando.
Mas já há quem aposte que esta paz será quebrada justamente duas décadas depois, em Pequim. Por causa dos protestos na região do Tibete — que resultaram em violenta repressão das autoridades chinesas nos últimos dias —, políticos do mundo inteiro estão se manifestando contra a posição da China. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, chegou a declarar que não descarta a possibilidade de um boicote de seu país aos Jogos se a questão do Tibete não for bem resolvida pelos chineses. Para piorar, até a tradicional cerimônia do acendimento da tocha olímpica, realizada na última segunda-feira, em Atenas, foi alvo de um protesto, realizado pela ONG "Repórteres Sem Fronteiras", que exibiu uma bandeira com algemas substituindo os anéis olímpicos.
Maratona de protestos
Pelo jeito, a confusão ocorrida na cerimônia da tocha foi apenas a primeira de uma série. Grupos de manifestantes pró-Tibete prometem atrapalhar o trajeto da tocha olímpica, que passará por 22 países, além de diversas regiões da China. Os chineses, por sinal, já começam a se incomodar com as referências ao problema no Tibete feitas pela imprensa internacional. Um editorial do jornal inglês “Sunday Times” comparou os Jogos de Pequim aos de Berlim-1936, marcados pela força do regime nazista de Adolf Hitler.
Exemplos no passado
Os boicotes anteriores na história olímpica: em Melbourne-56, sete países (a Espanha entre eles) não participaram graças à invasão soviética à Hungria e pelo conflito árabe-israelense; em Montreal-76, 22 países africanos se negaram a disputar por causa da presença da Nova Zelândia, cuja seleção de rúgbi disputara um torneio na África do Sul, que vivia então o regime do apartheid; e os boicotes mais famosos, em Moscou-80, liderado pelos EUA (protestando pela invasão soviética ao Afeganistão), e em Los Angeles-84, comandado pela União Soviética e seus aliados, como resposta ao protesto americano.
O maiô da discórdia
Dos 16 recordes mundiais batidos na natação este ano, 15 foram obtidos por atletas que usavam o polêmico traje LZR Racer. Cartolas da Federação Internacional de Natação (Fina) vão analisar o caso.
Um comentário:
é a porcaria da política!
Postar um comentário