O companheiro Lédio Carmona, competente comentarista do Sportv, escreveu em seu blog no site globoesporte.com talvez a análise mais lúcida que eu vi até agora sobre a trapalhada na transferência de Robinho para o Manchester City, texto que eu tomei a liberdade de reproduzir abaixo:
À sombra de um português
Evidentemente,.Robinho e seu empresário devem estar debruçados em algum Wikipedia da vida tentando descobrir segredos sobre o Manchester City, clube B da Premier League, que, antes que a janela fechasse, aceitou pagar 40 milhões de euros pelo brasileiro e seu pacote de vontades. Se a conexão não ajudar - o Real Madrid já deve ter cortado a banda larga dele ou sua rede wireless - uma ligação para Elano, apoiador do segundo time de Manchester, cidade com zero de badalação, zero da latinidade que Robinho tanto precisa, onde todo mundo fala inglês e quase ninguém o portunhol, já poderia ajudar.
Aí, quem sabe, Robinho descubriria que seu novo Mister, Coach ou Professor, será Leslie Mark Hughes, galês de nascimento, atacante com carreira de jogador na Inglaterra , em Barcelona e no Bayern de Munique, e, como treinador, com passagem pelo Blackburn e agora pelo Man City, The Citzens ou The Sky Blues (não custa dar uma forcinha a Robinho).
Bom lembrar também a Robinho que, por mais que seu discurso iluda felicidade e satisfação com o último capítulo de sua novelinha anglo-española, ele saiu derrotado. Como fez com o Santos há quatro anos, quando simplesmente abandonou o clube com contrato em vigência, ele apostou que venceria sua queda de braço com o Real Madrid. Por sinal, seu patrão até hoje, e que também tinha contrato em vigor com o brasileiro. E que tomou do mesmo veneno que orientou Robinho a dar ao Santos em 2005.
Robinho, garoto mimado, mal orientado e deslumbrado, queria ir para o Chelsea. Lá, tem muito dinheiro, o técnico é brasileiro e Londres é bacana. Por que não dar uma forçadinha de barra? Até porque o Real Madrid quis usá-lo como moeda de troca com o Manchester United para ter Cristiano Ronaldo.
Nesse ponto da novela, há uns dois meses, até defendi Robinho por aqui. Achei que, como sempre, a arrogância do Real Madrid prevalecera e, bem ou mal, desvalorizara Robinho. Só que desde então Robinho recebeu grandes conselhos e só fez bobagem. Conduziu o caso com a sutileza de uma piano em plena quitinete. Não foi político, não foi hábil, não foi profissional. Só que dessa vez pegou um patrão mais casca grossa do que o Santos. E o Real Madrid não se curvou às vontades daquele garoto que, em quatro anos pelo Real Madrid, nem sempre foi titular absoluto, fez 11 gols no último Campeonato Espanhol e apenas 24 nos quatro anos de Santiago Bernabeu.
Mais, agora falando friamente, pois Robinho já tem muita gente para bajulá-lo na vida, e não serei eu mais um paparicá-lo, escamoteando os fatos. O Real Madrid só quis trocá-lo por Cristiano Ronaldo porque hoje, ainda não oficialmente, e em dezembro, na eleição da Fifa, o português será proclamado melhor jogador do mundo. Honra para a qual Robinho, grande jogador, mas que ainda não teve o seu ano mágico na Europa, ainda não está pronto para receber.
Sim, Cristiano Ronaldo hoje é muito mais jogador do que Robinho. Ganha mais do que Robinho, joga no Manchester United, coisa que o City sempre sonhou ser, fez o triplo de gols de Robinho em 2007-2008, e, last but not least, vai jogar a Champions League, enquanto Robinho terá que jogar dois jogos esplêndidos contra o Omonia Nicosia, do Chipre, pela secundária Copa da Uefa. Em Manchester, Robinho viverá à sombra de um português.
À sombra de um português
Evidentemente,.Robinho e seu empresário devem estar debruçados em algum Wikipedia da vida tentando descobrir segredos sobre o Manchester City, clube B da Premier League, que, antes que a janela fechasse, aceitou pagar 40 milhões de euros pelo brasileiro e seu pacote de vontades. Se a conexão não ajudar - o Real Madrid já deve ter cortado a banda larga dele ou sua rede wireless - uma ligação para Elano, apoiador do segundo time de Manchester, cidade com zero de badalação, zero da latinidade que Robinho tanto precisa, onde todo mundo fala inglês e quase ninguém o portunhol, já poderia ajudar.
Aí, quem sabe, Robinho descubriria que seu novo Mister, Coach ou Professor, será Leslie Mark Hughes, galês de nascimento, atacante com carreira de jogador na Inglaterra , em Barcelona e no Bayern de Munique, e, como treinador, com passagem pelo Blackburn e agora pelo Man City, The Citzens ou The Sky Blues (não custa dar uma forcinha a Robinho).
Bom lembrar também a Robinho que, por mais que seu discurso iluda felicidade e satisfação com o último capítulo de sua novelinha anglo-española, ele saiu derrotado. Como fez com o Santos há quatro anos, quando simplesmente abandonou o clube com contrato em vigência, ele apostou que venceria sua queda de braço com o Real Madrid. Por sinal, seu patrão até hoje, e que também tinha contrato em vigor com o brasileiro. E que tomou do mesmo veneno que orientou Robinho a dar ao Santos em 2005.
Robinho, garoto mimado, mal orientado e deslumbrado, queria ir para o Chelsea. Lá, tem muito dinheiro, o técnico é brasileiro e Londres é bacana. Por que não dar uma forçadinha de barra? Até porque o Real Madrid quis usá-lo como moeda de troca com o Manchester United para ter Cristiano Ronaldo.
Nesse ponto da novela, há uns dois meses, até defendi Robinho por aqui. Achei que, como sempre, a arrogância do Real Madrid prevalecera e, bem ou mal, desvalorizara Robinho. Só que desde então Robinho recebeu grandes conselhos e só fez bobagem. Conduziu o caso com a sutileza de uma piano em plena quitinete. Não foi político, não foi hábil, não foi profissional. Só que dessa vez pegou um patrão mais casca grossa do que o Santos. E o Real Madrid não se curvou às vontades daquele garoto que, em quatro anos pelo Real Madrid, nem sempre foi titular absoluto, fez 11 gols no último Campeonato Espanhol e apenas 24 nos quatro anos de Santiago Bernabeu.
Mais, agora falando friamente, pois Robinho já tem muita gente para bajulá-lo na vida, e não serei eu mais um paparicá-lo, escamoteando os fatos. O Real Madrid só quis trocá-lo por Cristiano Ronaldo porque hoje, ainda não oficialmente, e em dezembro, na eleição da Fifa, o português será proclamado melhor jogador do mundo. Honra para a qual Robinho, grande jogador, mas que ainda não teve o seu ano mágico na Europa, ainda não está pronto para receber.
Sim, Cristiano Ronaldo hoje é muito mais jogador do que Robinho. Ganha mais do que Robinho, joga no Manchester United, coisa que o City sempre sonhou ser, fez o triplo de gols de Robinho em 2007-2008, e, last but not least, vai jogar a Champions League, enquanto Robinho terá que jogar dois jogos esplêndidos contra o Omonia Nicosia, do Chipre, pela secundária Copa da Uefa. Em Manchester, Robinho viverá à sombra de um português.
Um comentário:
Meu bom amigo. Um prazer sua visita ao Jogo Aberto e, mais ainda, ter o artigo reproduzido aqui.
A casa é sua.
sempre.
Abraços.
Ledio Carmona
Postar um comentário