Panetone, castanha, espumante e retrospectiva
Existem algumas coisas na vida que não mudam jamais. Por exemplo, a cada dezembro que chega, você sabe que invariavelmente terá que reforçar o estoque de panetones, castanhas, espumantes e preparar aquela ceia caprichada para a noite de Natal. Na tevê, algum canal com certeza estará exibindo aquela manjada retrospectiva do ano. Inspirada pelo mesmo espírito, esta coluna resolveu fazer um “balanção” da temporada de 2008 nos esportes olímpicos, ano em que tabus foram quebrados, recordes superados, criaram-se novos heróis e vilões, além de termos visto a China organizar uma das mais belas edições dos Jogos Olímpicos em todos os tempos.
Os heróis brasileiros
César Cielo e Maureen Maggi foram as duas grandes estrelas individuais do Brasil nas Olimpíadas. Sem praticamente apoio algum da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Cielo obteve uma atuação histórica na vitória dos 50m livre. Já Maurren foi o maior exemplo de superação do esporte nos últimos anos, após ter sido suspensa por doping e se tornando a primeira brasileira a ganhar uma medalha de ouro individual olímpica na história, no salto em distância.
Um raio chamado Bolt
Irreverente, fanfarrão e até um pouco arrogante. Com tudo isso, o jamaicano Usain Bolt assombrou o mundo em Pequim ao tornar-se o primeiro homem, desde Carl Lewis em Los Angeles-1984, a ganhar ouro nos 100 e 200m rasos em uma mesma edição de Jogos Olímpicos.
Um torpedo chamado Phelps
Após os Jogos de Pequim, a história da natação precisa ser escrita desta forma: A.P e D.P (Antes de Phelps e Depois de Phelps), graças às oito medalhas de ouro do americano Michael Phelps, superando o antigo recorde de Mark Spitz.
Cadê as amarelonas?
Durante quatro longos anos, José Roberto Guimarães e as garotas da seleção brasileira feminina de vôlei ouviram, maldosamente, que amarelaram na semifinal dos Jogos de Atenas-04. Mas a conquista do ouro em Pequim, sem derrotas e com apenas um set perdido, reparou uma injustiça histórica.
Matemática reinventada
O presidente do COB, Carlos Nuzman, precisou se desdobrar para provar que, com muito mais dinheiro no caixa, o Brasil fez bonito em Pequim, apesar de ter terminado os Jogos com o mesmo número de medalhas do que em Atlanta-1996.
Para carregar as baterias
Esta coluna faz hoje uma pausa e volta a ser publicada no próximo dia 23 de janeiro. Bom Natal e Feliz 2009 a todos.
Foto: César Cielo, uma das boas surpresas do esporte brasileiro em 2008
Crédito: Divulgação/COB
A coluna Diário Esportivo, assinada por este blogueiro, é publicada às sextas-feiras no Diário de S. Paulo
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