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terça-feira, 12 de maio de 2009

Pitacos sobre o fechamento de mais um time no "organizado" vôlei brasileiro

Não deve (ou deveria) surpreender a ninguém o fechamento da equipe masculina de vôlei da Unisul, ocorrida nesta segunda-feira. Foi apenas mais um capítulo da grave crise que atinge uma modalidade que há anos é considerada como modelo para o mal-organizado esporte olímpico brasileiro.

O que chegou a surpreender foi uma das justificativas dos dirigentes da equipe catarinense, para justificar o fechamento da equipe: a Rede Globo, que segundo a Unisul, omitia o nome do patrocinador na identificação da equipe, além de exibir apenas um dos cinco jogos prometidos na TV aberta em 2008. Em seu comunicado oficial, fez críticas à estrutura da Superliga e pediu que a CBV reveja a forma com que a Globo trate as transmissões e a identificação das equipes.

Bem, acho que existe meia-verdade nos motivos apontados pela Unisul. Não é de hoje que a Globo (e o canal pago Sportv, que transmite a maioria absoluta dos jogos da Superliga) deixa de citar o nome dos patrocinadores das equipes. Faz tempo! E nem por isso escutou-se anteriormente críticas ou justificativas semelhantes, pelo menos para explicar o motivo do fechamento de um time.

Creio que a principal razão esteja na própria organização da Superliga (leia-se CBV), que nos últimos dois anos perdeu-se por completo ao criar uma fórmula esdrúxula de disputa, com excesso de decisões de turnos que muitas vezes não valem absolutamente nada.

Aliás, é de se estranhar que depois de anos de parceria com o vôlei, a Globo tenha optado por investir pesado no basquete - um esporte que vem acumulando fracassos com as diversas seleções brasileiras -, através do patrocínio do NBB (Novo Basquete Brasil), enquanto a Superliga parece ter sido deixada num segundo plano.

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