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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O sonho (quase) impossível de Marta


"Quero agradecer às minhas companheiras. Sem elas não conquistaria este título. Para mim é coletivo. Espero que para o futebol feminino (o prêmio) seja um incentivo para cada vez mais crescer"

O trecho destacado acima fez parte do discurso de agradecimento da atacante Marta, ao receber pela quarta vez consecutiva o prêmio de Melhor Jogadora do Mundo da Fifa. Trata-se de um recorde que não encontra referências no próprio futebol masculino. Ronaldo e Zidane, por exemplo, foram ganhadores do prêmio em três oportunidades. Quatro, apenas Marta.

Não há a menor dúvida que a escolha foi justíssima. Que jogadora no mundo é melhor do que Marta? Se bobear, ela é melhor do que uns 70% dos marmanjos que correm atrás da bola pelo planeta inteiro.

O único problema é que o seu desejo, de ver o futebol feminino crescer cada vez mais, parece ser uma utopia, ao menos no Brasil. Aqui, ver mulheres correndo atrás de uma bola ainda é algo estranho, feito por abnegadas e quase sem apoio da CBF e de patrocinadores.

Se Marta e Cristiane não tivessem jogado no Brasil nesta temporada, provavelmente as garotas que permanecem por aqui continuariam no anonimato.

O sonho de Marta é justo, porém ainda distante de se tornar uma realidade.

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