A primeira Copa do Mundo que acompanhei pra valer foi a de 1974, na Alemanha. Tinha dez anos e já havia sido contaminado por este vírus incurável chamado futebol. E mesmo sem contar com a fartura de opções de canais de tv a cabo, HD etc, não desgrudava da minha tabela e de um guia do Mundial que havia sido publicado por algum jornal, não lembro mais qual era.
E dá-lhe torcida pela seleção brasileira. Na primeira fase, aquele sofrimento nos jogos contra Iugoslávia e Escócia, dois 0 x 0 horrorosos. Depois, escapando do vexame com um 3 x 0 no ridículo time do Zaire. A classificação para a fase seguinte colocou a seleção no mesmo grupo de Alemanha Oriental, Argentina e ...Holanda! E alguém lá sabia que havia futebol na Holanda?
Pois é, mas havia, e muito! É claro que um moleque de dez anos e sem acesso às informações que hoje em dia qualquer um encontra na internet e nos canais de tv especializados não saberia. Mas o técnico Zagallo e os demais integrantes da seleção brasileira tinham a obrigação de conhecer aquele timaço da Holanda, de Cruijff, Neskens, Rep, Resenbrink, que fez uma verdadeira revolução nos gramados da Alemanha.
Naquele 3 de julho de 74, quando a Holanda despachou o Brasil por 2 a 0, xinguei demais aquele time que não jogou de laranja, sua marca registrada (e eu não conseguia entender o motivo daquele inusitado laranja apesar da bandeira deles ser azul, vermelha e branco). Anos depois, percebi que xinguei a equipe errada.
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