Capa do livro "É Campeão! A montagem de um time vencedor", de uma época em que o treinador Luxemburgo ainda despertava admiração |
"Saio triste por nunca ter deixado um clube numa situação dessas. Torço para que esses jogadores consigam tirar o Atlético-MG do rebaixamento". Com um rápido pronunciamento, sem permitir a perguntas dos jornalistas, Vanderlei Luxemburgo viu encerrar-se nesta quinta-feira sua passagem como técnico do Atlético-MG. E de forma melancólica, diga-se de passagem, ao ver sua equipe ser goleada por 5 a 1 pelo Fluminense e afundar ainda mais na zona de rebaixamento do Brasileirão.
Mais do que uma ponta de tristeza por ver o trabalho interrompido com a sensação de fracasso, Vanderlei Luxemburgo deveria é mesmo fazer uma reflexão muito profunda dos caminhos que sua carreira vem tomando nos últimos anos.
Aquele Luxemburgo criativo, ousado, que sabia mudar o rumo de um jogo com uma simples alteração, aquele técnico não existe mais. Ficou perdido no limbo, nos almanaques, na memória afetiva dos torcedores.
Depois de sua frustrada passagem no Real Madrid, Luxemburgo só vem acumulando fracassos. Ganha, no máximo, alguns campeonatos estaduais, de importância bem reduzida no contexto futebolístico atual.
A excessiva preocupação em participar de todos os aspectos ligados a um clube de futebol (especialmente contratação de jogadores), transformando-se numa versão mal acabada do que seria um verdadeiro maneger, vem tirando a atenção de Luxemburgo daquilo que ele sabe fazer melhor: dirigir um time dentro de campo.
Seria bom que agora, quando engrossa a lista de técnicos desempregos do futebol do Brasil, que Vanderlei Luxemburgo desse um tempo, fizesse uma reflexão sobre o rumo que sua carreira está tomando. Uma parada para tomar um fôlego, antes que o futebol pare de vez com aquele que já foi o melhor técnico do Brasil.
Confira aqui o vai-e-vem dos técnicos do Brasileirão.
2 comentários:
Ótima análise, Laguna!
Assino embaixo!
Abraço, FS
Isso aí. E de preferência adotar um vestuário mais simples, esportivo mesmo, e reduzir consideravelmente a pretensão salarial...rs
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