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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O pensamento vivo de Hortência

Texto publicado originalmente nesta quarta-feirta (10/11) no blog Bala na Cesta, de Fábio Balassiano

Rainha da Sucata

Hortência abriu a boca mais uma vez. Foi ontem, no lançamento do Nacional da CBB (vulgo Liga de Basquete Feminino). Vamos às declarações divulgadas pela Globo.com, com minhas indagações em seguida.


"A vinda do Colinas não foi um erro. O basquete brasileiro precisava de uma mexida. Existem coisas importantes e outras urgentes. E a resposta sobre Colinas não é urgente nesse momento. Tem que ter calma, decidir com tranqüilidade"


"Eu acho que a Janeth já melhorou muito. Mas não podemos dizer que uma ex-jogadora pode ser técnica só porque era boa em quadra"


"Parei de jogar basquete há 15 anos. Qual o técnico que surgiu depois que parei? Uma coisa que vou implantar no Brasil: atleta não tem que disputar posição? Técnico também vai disputar. Vamos ver o que ele ganhou, não aqui dentro, mas pela seleção brasileira. Eles vão ter chances nas categorias de base. Tem que existir competição entre eles também. Ganhou, fica. Não ganhou, sai"


As perguntas:

1) A definição do técnico da seleção adulta não é urgente para Hortência. Quem está observando as atletas então? Ela, que não viaja nem para ver as meninas da Sub-15?

2) Concordo muito com Hortência quando ela diz que não necessariamente uma boa ex-jogadora será uma técnica de nível. Mas fica a questão: e em relação a uma ex-jogadora que virou dirigente CBB? O mesmo raciocínio vale, certo?


3) Pelo que entendi, o critério da base do Brasil agora será vitórias, e não a formação dos/das atletas, correto? Então podemos pensar apenas em bater os rivais continentais, conquistar troféus e esquecer dos fundamentos, da preparação adequada, da construção dos futuros jogadores, certo?


4) Partindo do torto raciocínio de Hortência, como então demitir Paulo Bassul, vice-campeão mundial Sub-21, e manter, por exemplo, Luiz Claudio Tarallo, que em âmbito mundial sempre vai mal?


5) O raciocínio vale, também, para Janeth, que com apenas um ano de seleção sub-15 virou assistente da seleção adulta? Pelo visto não, né...


6) Como não surgiram técnicos, Rainha? O que dizer de Paulo Bassul, Guilherme Vos, o próprio Zanon de Americana?

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