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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Seleção masculina de vôlei tenta achar seu rumo após a prata nos Jogos de Pequim

Coluna Diário Esportivo, publicada na edição de 26 de setembro do Diário de S. Paulo

Começar de novo


Vamos falar a verdade: a Copa América masculina de vôlei, que está sendo realizada em Cuiabá (MT), não vale nada, serve apenas para cumprir o calendário. Mas para a seleção brasileira, vale muito, especialmente para quem ainda tenta curar as feridas abertas após a derrota na final olímpica em Pequim, diante dos Estados Unidos.

Para um time como o Brasil, que desde 2001 acostumou-se a ganhar praticamente tudo o que disputou, o torneio continental é uma bela oportunidade para não encerrar a temporada sem um título.

Contudo, mais importante do que faturar outra taça é a possibilidade de iniciar um profundo trabalho de renovação. Sim, que ninguém se iluda: para a seleção brasileira comandada pelo técnico Bernardinho retomar a trilha das vitórias, só mesmo rejuvenecendo a equipe.

Gustavo e Ânderson já tinham se despedido após a prata em Pequim, sem falar que o capitão Giba e o líbero Escadinha dificilmente continuarão após o Mundial de 2010, marcado para a Itália. Por isso, Bernardinho aproveita a Copa América para apresentar novas caras, como os opostos Leandrão e Leandro Vissoto, os centrais Gustavão e Lucão, além de dar mais bagagem a Bruninho como levantador titular. O caminho para o recomeço da seleção brasileira masculina de vôlei está aberto. Se terá su
cesso ao final da jornada, ainda é muito cedo para dizer.

História de vitórias
A marca alcançada na última quinta-feira por Bernardinho diante do México, a de 250 vitórias no comando da seleção masculina, é digna de todas as homenagens. Que treinador pode se orgulhar de ter alcançado um aproveitamento de 90% à frente de uma equipe? Muito poucos, em qualquer modalidade esportiva. Mas que estes números não escondam alguns acidentes de percursos mal-explicados, como o caso do corte do levantador Ricardinho, às vésperas do Pan-Americano do Rio, em 2007.

Ferreto, o obstinado
Pouca gente se ligou ou ficou sabendo (exceto os leitores do DIÁRIO) que o Catanduva faturou o título do Paulista feminino de basquete no último sábado. Um feito e tanto, especialmente porque o favorito era o Ourinhos (que tentava o quinto título consecutivo), comandado pelo treinador da seleção brasileira, Paulo Bassul. Foi também uma conquista especial para o técnico de Catanduva, o veterano Edson Ferreto, que sem qualquer tipo de marketing pessoal, levou sua equipe a uma conquista histórica à base de muito trabalho.

Sinal amarelo no futsal
O leitor Marco Aurélio Caminoto, de Indaiatuba (SP), quer saber o meu palpite sobre as chances do Brasil na Copa do Mundo de futsal, que acontecerá no Rio e em Brasília a partir do dia 30. O Brasil é favorito, Marco Aurélio. Mas após empatar em 2 a 2 com o Egito, num amistoso, é bom abrir o olho.

A coluna Diário Esportivo, assinada por este blogueiro, é publicada todas às sexta-feiras no Diário de S. Paulo

Foto: Os jogadores da nova seleção brasileira masculina de vôlei comemoram ponto contra a Venezuela
Crédito: Alexandre Arruda/CBV

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