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sexta-feira, 13 de março de 2009

A decisão que não servirá para nada. Obra da Confederação Brasileira de Vôlei


Coluna Diário Esportivo, publicada na edição de 13 de março de 2009

Superliga de vôlei precisa rever logo seus conceitos

Hoje, a partir das 21 horas, os dois principais times femininos de vôlei do Brasil entrarão em quadra. Osasco/Finasa e Rexona-Ades farão no Ginásio José Liberatti a decisão do 4 turno da edição 2008/09 da Superliga. Será também uma espécie de tira-teima entre as duas equipes na competição, que se enfrentarão pela quinta vez na temporada — foram duas vitórias para cada lado até agora. O grande problema é que este jogo não valerá absolutamente nada! Em mais uma brilhante contribuição da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), o absurdo regulamento da Superliga não traz nenhuma vantagem (repito, nenhuma!) se o Rexona, que já ganhou os três primeiros turnos do torneio, voltar a repetir o feito esta noite. Da mesma forma que o Osasco não terá sua vida modificada para os mata-matas, independentemente do resultado de hoje.

Na Superliga masculina, também haverá um “amistoso de luxo” amanhã, na final do 4 turno, entre Cimed/Brasil Telecom e Vôlei Futuro, de Araçatuba, que já estão definidos antecipadamente como primeiro e sexto colocados na classificação geral, respectivamente. Longe de ser um sucesso de público, a Superliga de vôlei insiste em um regulamento enfadonho e tecnicamente injusto. É sempre bom lembrar que a decisão do título será realizada em apenas um jogo, ao contrário do restante do playoff, prevista para ocorrer numa melhor de três jogos. Já chegou a hora da CBV parar de viver das glórias obtidas pelas seleções masculina e feminina e voltar a olhar com mais carinho para a Superliga.

Desemprego à vista
A maior prova que as coisas não estão nada bem no cenário interno do vôlei brasileiro é que a próxima Superliga não contará pelo menos dois dos atuais participantes. A Ulbra já anunciou que não vai continuar com sua equipe masculina. Mesmo destino que terá o Banespa, no feminino, que perderá o apoio da Medley. Existe ainda a forte possibilidade da equipe feminina do Brasil Telecom, de Santa Catarina, também não continuar na próxima Superliga.

Giba mais longe do Brasil
A crise financeira mundial foi a responsável pelo fracasso nas negociações da Cimed com o ponteiro Giba, que está atuando na Rússia. O capitão da seleção brasileira já tinha até acertado salários com a equipe de Santa Catarina.

Saia-justa
Não pegou nada bem a tentativa do COB em fazer propaganda da candidatura do Rio para os Jogos de 2016 durante uma visita de um príncipe saudita, membro do COI e que veio ao Brasil no final do ano passado para tratar de assuntos ligados à Copa do Mundo de 2014. Este tipo de ação promocional é proibida pelo COI. O comitê da candidatura de Chicago, por exemplo, pretende fazer um protesto. (colaborou José Eduardo Martins)

Foto: Fabiana (Rexona) e Thaisa (Osasco), em um dos duelos entre as duas equipes pela atual Superliga
Crédito: Alexandre Arruda/CBV

A coluna Diário Esportivo, assinada por este blogueiro, é publicada às sextas-feiras no Diário de S. Paulo

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