Coluna Diário Esportivo, publicada na edição de 3 de abril do Diário de S. Paulo
Final antecipada agita a Superliga feminina
Quando o São Caetano/Blausiegel repatriou as campeãs olímpicas Fofão, Scheilla e Mari no começo da atual temporada, muita gente apontou o time do ABC como o principal candidato a acabar com a monotonia da Superliga feminina de vôlei, que há anos tem Rexona-Ades e Osasco/Finasa como os protagonistas na disputa do título. O desenrolar do torneio mostrou que as coisas não funcionaram tão bem assim. A perda do título dos Jogos Abertos do Interior e o fraco começo na Superliga acabaram minando o trabalho do técnico Antonio Rizola, demitido ainda em dezembro. O motivo principal seria o descontentamento das atletas com o método de trabalho do treinador. O ambiente entre as atletas também estava longe de ser o ideal, em virtude da enorme diferença salarial entre as três estrelas olímpicas e as demais integrantes do elenco, conforme o DIÁRIO revelou na época.
Mas todos estes problemas acabaram sendo superados ao longo da campanha. Fofão brilha como a melhor defensora e levantadora da competição, enquanto Scheilla desponta como a maior pontuadora da Superliga. Assim, um time que começou o torneio ameaçado pelo fantasma do fracasso, chega à semifinal diante do Osasco, com início a partir de amanhã, consciente de que fará uma espécie de decisão antecipada do principal torneio de clubes do vôlei feminino brasileiro.
De olho no retrospecto
Nem mesmo o status de ter o melhor elenco da competição, com a presença de quatro campeãs olímpicas — Paula Pequeno, Thaisa, Carol e Sassá —, deu ao Osasco a tranquilidade necessária para chegar à semifinal. O time perdeu três finais de turno para o Rexona e sofreu com os problemas de contusão de Paula Pequeno. O que pode pesar a seu favor na série contra o São Caetano é justamente o retrospecto: o time ganhou as duas partidas que disputou contra o rival ao longo da Superliga.
Duelo desigual
Já a outra semifinal, entre Rexona e Brasil Telecom (SC), que começa hoje, promete ser uma verdadeira covardia. O time carioca, comandado pelo técnico Bernardinho, tem simplesmente dez vitórias a mais do que o rival ao longo de todo o torneio. E vale lembrar que a equipe catarinense corre o risco de ser extinta após a Superliga.
Bom desempenho
É significativo o terceiro lugar obtido pela saltadora brasileira Fabiana Murer no ranking mundial da temporada indoor (em pista coberta) de atletismo. Fabiana mostrou neste início de ano um desempenho consistente, o que aumenta a expectativa para o que ela poderá fazer no Mundial de Berlim, em agosto.
Alô, CBG!
Até quando a Confederação Brasileira de Ginástica ficará alheia ao drama de Jade Barbosa, que corre o risco de nunca mais competir?
A coluna Diário Esportivo, assinada por este blogueiro, é publicada às sextas-feiras no Diário de S. Paulo
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