A conquista de Catanduva do título do Nacional feminino de basquete, na noite desta última quinta-feira, só comprava uma triste realidade: não existem equipes de nível competitivo fora do estado de São Paulo. Só na mais recente versão da competição, que existe desde 1998, foram nove (em 12 possíveis) títulos, sendo que as três equipes forasteiras (Fluminense/98, Paraná/2000 e Vasco/2001) eram na verdade times paulistas que por conta de interesses dos patrocinadores se transferiram para outras cidades. Jamais houve um trabalho de alto nível no basquete feminino fora de São Paulo.
Se formos levar em consideração então a antiga Taça Brasil, embrião do atual Nacional, a hegemonia será ainda maior: somente equipes paulistas foram campeãs nas 13 edições disputadas ao longo da história.
A Confederação Brasileira de Basquete (CBB), que tem como diretora do departamento feminino simplesmente aquela que foi uma das maiores jogadoras de todos os tempos, deveria se preocupar mais em solucionar esta falta de perspectiva do cenário nacional do que em promover este lamentável episódio, digno de comédia pastelão, em que se transformou a nomeação do treinador da seleção feminina.
Foto: A equipe de Catanduva comemora seu primeiro título do Nacional feminino
Crédito: Divulgação/CBB
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