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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Fala, Bassul!

Finalmente o técnico Paulo Bassul rompeu seu silêncio. Em entrevista ao repórter Alessandro Lucchetti e publicada na edição desta sexta-feira do Diário de S. Paulo, o treinador comentou a desagradável novela que se transformou a confirmação do nome do treinador da seleção brasileira feminina, que este ano terá como principal competição a disputa do Campeonato Mundial, na República Tcheca.

Pena que Bassul não tenha se posicionado de uma forma mais veemente contra o verdadeiro processo de fritura pública ao qual ele está sendo submetido pela diretora de basquete feminino da CBB, Hortência Marcari. Não sei se é apego ao cargo, falta de amor próprio ou excesso de vaidade. Sei lá. Só sei que Bassul vem desperdiçando, a cada dia, uma enorme oportunidade de dar um basta nisso tudo e mandar a CBB e a propria Hortência plantarem batatas.

Se eles preferem ficar com uma jogadora indisciplinada e egocêntrica como Iziane, problema deles. Mas Bassul, na minha opinião, precisava dar um basta em toda esta palhaçada.

Bassul faz o seu desabafo
(reportagem publicada no Diário de S. Paulo na edição de 22/01/2010)

Com pouca perspectiva de continuar na seleção, Bassul se fixa em Barueri

ALESSANDRO LUCCHETTI
alessandrol@diariosp.com.br

Paulo Roberto Bassul, técnico da seleção brasileira feminina de basquete na Copa América de 2009, não dá sinais de estar na rua da amargura, à espera de um chamado de Hortência, a diretora das seleções femininas da CBB. A ex-jogadora ainda não decidiu se Bassul manterá o cargo ou não. Sua prioridade é a contratação de um treinador estrangeiro. Enquanto isso, o treinador se dedica ao trabalho de estruturar as equipes de base de Barueri. Ele assinou contrato de três anos com a secretaria de esportes desse município e já tem moradia na cidade.

“Não cabe a mim dar o próximo passo. As pessoas me perguntam se vou deixar o cargo. Mas vou deixar o quê? Estou numa janela contratual. A seleção não está em atividade.”

Bassul explica que Hortência havia lhe pedido, no final do ano passado, para que não conversasse com nenhuma equipe interessada em sua contratação, porque ele estava nos planos da CBB. “Esperei dois meses e não tive resposta. Aceitei esta proposta de Barueri. Ela é compatível com o cargo de técnico da seleção. Não tenho carga horária a cumprir. Sou coordenador e consultor do projeto”, afirmou.

O técnico não quer que sua atividade em Barueri seja usada como argumento para ser desligado da seleção brasileira.

Hortência promete o último capítulo da novela para o fim do mês. Bassul diz que não se angustia, mas manifesta contrariedade com a origem do problema: Iziane, que se recusou a jogar durante o Pré-Olímpico e foi afastada pelo técnico. “O que me deixa desconfortável é o motivo da mudança. Meu trabalho na Copa América foi bem avaliado. Consultado por Hortência, não vetei o retorno dela à seleção, mas Iziane declarou que não voltaria enquanto o treinador fosse eu. Depois disso, tudo mudou. Numa equipe, depender de um atleta é indesejável. Numa seleção, é inaceitável”.

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