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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Os vários vilões pela guerra de domingo no clássico São Paulo x Corinthians

Vem do Blog do Menon uma das mais lúcidas análises sobre as cenas de vandalismo e terror ocorridas domingo, após o clássico São Paulo x Corinthians. Assino embaixo as palavras do amigo Luís Augusto Simon.


MUITOS CULPADOS
Não há dificuldades em se achar culpados pela barbárie que aconteceu no Morumbi. Por ordem cronológica, mas não de importância.

1 - ARROGÂNCIA DO JUVENAL - O presidente do São Paulo deveria ter convidado os presidentes de Corinthians, Palmeiras e Santos para um almoço no Morumbi, no início do ano. E comunicar que no Campeonato Paulista não haveria mais estádio dividido. Se não fosse atrapalhar os futuros negócios, poderia explicar como vai ficar o estádio e dar as razões para que as outras torcidas passassem a receber apenas 10% dos ingressos. Os quatro presidentes poderiam chamar uma entrevista coletiva e expicar tudo aos torcedores.

2 - DEMAGOGIA DE ANDRÉS SANCHES - O presidente do Corinthians, às vésperas de eleição, jogou para a torcida organizada que é onde tem mais apoio. E criou uma aura de perseguição de ricos contra pobres, de opressores contra oprimidos que não se sustenta. Na véspera do jogo, pediu a seus jogadores que morressem em campo. Colocou gasolina onde era necessário muita água. Depois, chamou os torcedores de mártires.

3 - DESPREPARO DE DIRIGENTES - Felipe Ezabella, do Corinthians, disse que não gosta do Morumbi porque é o estádio "delas" e Kalil Rocha Abdalla afirma que "galinha não tem estádio", referindo-se aos corintianos. Com dirigentes assim, o que se esperar da torcida?

4 - TRUCULÊNCIA DA POLÍCIA - Os torcedores não são mártires, mas a polícia não precisa atacar com a dureza que ataca. Poderia ter ocasionado um massacre no Morumbi.

5 - OMISSÃO DE DEL NERO - Esse é o dirigente mais banana que eu já vi. Parece que o jogo de domingo foi entre um time de Marte e outro de Vênus e não entre dois times da Federação que ele dirige. Não falou nada, não fez uma reunião e nada mais. Até hoje não se manifetou sobre o gás de pimenta nos vestiários do São Paulo na semifinal do Paulistão do ano passado. Está preocupado com o caso Madonna, quando acusou sem ter provas. O São Paulo foi inocentado e ele está sendo investigado.

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