É melhor que o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, prepare-se, pois poderá ter muita dor de cabeça em breve, de acordo com o que publica o ótimo blog do jornalista José Cruz, do Correio Brasiliense.
Inquérito civil
O anúncio sobre a sede olímpica dos Jogos 2016 será em outubro, mas o Comitê Olímpico Brasileiro já tem muito com o que se preocupar, mas na área judicial.
Uma decisão do procurador da República Federal no Distrito Federal, Paulo Roberto Galvão de Carvalho, transformou em inquérito civil a denúncia do advogado paulista, Alberto Murray Neto, de que foram gastos R$ 44,1 milhões só na candidatura desse evento.
Na prática, os valores vão bem além, pois o custo da candidatura foi de R$ 80 milhões, sendo que o Ministério do Esporte pagou, até agora, a metade, isto é, R$ 44,1 milhões.
Essa despesa ocorre num momento de extremo desgaste para o esporte olímpico nacional, que não consegue, através de sua entidades filiadas, as confederações, nem sequer ocupar com eventos atrativos os caríssimos espaços esportivos construídos para o Pan-2007. Estão praticamente esquecidos, abandonados. Mas já se fala em construir mais...
Para que se tenha uma idéia do que a candidatura para outro evento sonhador, os R$ 80 milhões representam praticamente o que o COB recebeu das loterias federais, em 2008 (R$ 92 milhões), para aplicar na formação e preparação de atletas.
A decisão do procurador Paulo Roberto Galvão de Carvalho consta da Portaria n. 117/2009, da Procuradoria da República no Distrito Federal. Em um de seus argumentos, ele aponta:
"... tendo em vista que o Tribunal de Contas da União, no Acórdão 2101-38/08-Plenário, apontou uma série de irregularidades na utilização de recursos públicos para o financiamento dos Jogos Pan-Americanos de 2007, realizados no Rio de Janeiro, tornando-se necessário o acompanhamento dos gastos para evitar a repetição dos mesmos problemas, resolve instaurar INQUÉRITO CIVIL, mediante conversão do Procedimento nº 1.16.000.003459/2008-13...
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