Coluna Diário Esportivo, publicada na edição de 21 de agosto do Diário de S. Paulo
O Mundial de atletismo de Berlim caminha para seus últimos três dias de disputa, até agora sem razão alguma para festa dos torcedores brasileiros. As últimas esperanças reais de medalha estão concentradas na campeã olímpica do salto em distância, Maurren Maggi, que compete hoje, e em Marílson Gomes dos Santos, na maratona, amanhã. O resto foi um tremendo fiasco. Até por conta desta modesta participação verde-amarela, minhas atenções vem se concentrando num único personagem: o jamaicano Usain Bolt.
Falar sobre a importância dos feitos esportivos de Bolt é covardia. Com apenas 23 anos, completados hoje, o jamaicano simplesmente reescreveu a história do atletismo, ao ganhar o ouro em Berlim nos 100 e 200m rasos, além de pulverizar os recordes mundiais nas duas provas. Um verdadeiro absurdo, a ponto de especialistas em ciência do esporte garantirem que o limite do homem nestas distâncias está próximo de ser atingido. E com certeza isso acontecerá pelos pés mágicos de Bolt.
Mas o que cativa no jamaicano, nascido na cidade de Trelawny, é seu carisma. Numa época em que a moda em todos os esportes é ser “bad boy”, Usain Bolt esbanja simpatia. Desde 2008, quando tornou-se uma estrela nas Olimpíadas de Pequim, sua presença nas provas é uma festa para o público. É um tal de ajeitar o cabelo antes da largada, mandar beijos para a torcida, imitar um raio com os braços... e tudo isso sem um único traço de arrogância. Que Bolt continue dando seus shows dentro e fora das pistas por muito tempo.
A coluna Diário Esportivo, assinada por este blogueiro, é publicada às sextas-feiras pelo Diário de S. Paulo
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