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sábado, 12 de setembro de 2009

Será que há limites para a baixaria na F-1?

Sinceramente, eu mesmo não tenho resposta para a pergunta que compõe o título deste post. A briga da família Piquet (Nelsinho e Nelsão) com o chefe da Renault, Flavio Briatore, atingiu níveis que fogem de qualquer classificação. A cada dia, a situação parece apenas piorar. Não ficarei surpreso se terminar em pancadaria física (a exemplo do que Piquet pai fez com o chilene Eliseo Salazar em um GP da Alemanha de 1982).

Primeiro, a confissão de culpa de Nelsinho, a respeito do acidente ocorrido no GP de Cingapura do ano passado. Simplesmente um absurdo, a maior confissão de falta de ética e espírito esportivo que já vi. Não há argumento no mundo que justifique o ato do piloto brasileiro, nem a tal "fragilidade emocional" que ele declarou em seu depoimento à FIA, muito menos a possibilidade de perder seu emprego (que de fato ocorreu, quase um ano depois).

Depois, veio o troco de Briatore, num nível tão baixo que chega a ser difícil acreditar que ele realmente falou aquilo. Além de esculhambar com a reputação profissional de Piquet Jr, acusando-o de ser apenas um menino mimado e sem talento, ainda apelou para o lado pessoal, insinuando que o jovem brasileiro mantinha um romance homossexual com um homem mais velho e que foi o próprio Piquet pai quem teria pedido a ele, Briatore, para interferir a acabar com esta história. Que barbaridade!


No fim de tudo isso, como disse o jornalista Livio Oricchio em seu blog no estadao.com, a corda deverá arrebentar para o lado de Nelsinho Piquet. Mesmo com a promessa de Max Mosley, presidente da FIA, de não ser punido, dificilmente o brasileiro conseguirá comprovar sua versão de que foi obrigado pela equipe a bater no muro de Cingapura e com isso beneficiar Fernando Alonso.

E sem provas reais, será difícil que os cartolas da F-1 resolvam punir a Renault. Briatore se safa e Nelsinho verá sua carreira jogada na luta do lixo.

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