Coluna Diário Esportivo, publicada na edição de 24 de julho do Diário de S. Paulo
A conquista da medalha de bronze pela brasileira Poliana Okimoto na prova de cinco quilômetros da maratona aquática, válida pelo Mundial de Esportes Aquáticos, foi importantíssima sob vários aspéctos. O mais evidente deles foi o fato de ter sido o primeiro pódio de uma mulher brasileira em Campeonatos Mundiais. Com exceção das competições sul-americanas, as garotas do Brasil jamais conseguiram um resultado de expressão em torneios internacionais. Por exemplo, a melhor colocação em Olimpíadas foi de Joanna Maranhão, quinta colocada em Atenas-2004. Outro ponto importante a se exaltar no feito de Poliana Okimoto foi que na terça-feira ela conseguiu quebrar um incômodo jejum: há 15 anos, desde 1994, o Brasil não faturava uma única medalhinha em Mundiais.
Superação pessoal
Mas provavelmente nada disso seja mais importante para Poliana do que o sentimento de superação de seus próprios fantasmas. Nascida em São Paulo e especializada em provas de longa distância, como os 800 e os 1.500m livre, Poliana passou a se dedicar às maratonas aquáticas em 2004, por indicação de seu técnico e marido Ricardo Cintra. O problema é que a nadadora morria de medo do mar e antes de disputar sua primeira maratona, teve uma crise de choro após a sessão de treinamentos. Com o tempo e várias provas disputadas, Poliana conseguiu deixar o pavor do oceano para trás. Não será surpresa se em Londres-2012 outra medalha vier de suas braçadas.
A coluna DIário Esportivo, assinada por este blogueiro, é publicada às sextas-feiras no Diário de S. Paulo
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