"Somos trabalhadores honestos e merecemos respeito. Rainha tem que ser rainha em todas as situações. Nós ouvimos dela uma ofensa a todos os técnicos. É uma pena alguém tirar o valor de um técnico como eu, que sou mais antigo. Não sou só eu, somos nós todos que estamos trabalhando há muito tempo. Não entendo isso"As palavras do técnico Edson Ferreto, de Catanduva, após a primeira partida da final do Nacional Feminino de basquete, mostram com exatidão a que ponto chegou o episódio da quase certa troca no comando da seleção brasileira. O ataque direto às últimas declarações de Hortência, diretora do departamento feminino da CBB, mostram que a situação já está prestes a se transformar numa crise séria envolvendo uma das maiores jogadoras da história da modalidade no Brasil e toda a categoria de treinadores.
Mas ao contrário dos colegas Bert, do Painel do Basquete Feminino, e Rodrigo Alves, do Rebote, não pude acompanhar atentamente o primeiro jogo da final do Nacional. Em seus respectivos blogs, os dois detonaram a pobreza técnica demonstrada pelas duas equipes. Ou seja, se dependesse apenas do jogo desta segunda-feira, Hortência teria total razão em buscar um técnico estrangeiro para comandar a seleção.
Só que não creio que a coisa se resuma apenas à desatualização de nossos treinadores. Ou alguém aí é capaz de garantir que Miguel Ângelo da Luz, campeão mundial em 1994 e medalha de prata em Atlanta-96, era um modelo de treinador? Ou quem poderia supor que Antonio Carlos Barbosa e seus métodos superados, pudesse comandar o time que faturou o bronze em Sydney-00?
A grande diferença é que em todas estas equipes havia um elemento comum e essencial numa equipe de basquete: jogadores de qualidade. E sinceramente, qualidade é o que mais falta nas jogadoras brasileiras. Não temos mais Hortência, Paula, Janeth, Marta. E o que temos à mão não é lá muito animador.
Abaixo, a entrevista de Ferroto ao canal Sportv:
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