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Uma estranha coincidência...
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São Paulo - 13PG/ 6J/ 4V/ 1E/ 1D/ 9GP/ 2GC/ 72% de aprov.
Universitario (Peru) - 10PG/ 6J/ 2V/ 4E/ 0D/ 5GP/ 2GC/ 56% de aprov.
Quem viu o set decisivo da final da Superliga feminina de vôlei, no último domingo, certamente se lembra de uma cena impressionante: a cada ponto que marcava pelo Sollys/Osasco diante do Unilever/Rio, a atacante Natália saia para comemorar furiosamente com suas companheiras. Parecia até que estava transtornada. De fato, Natália jogou com raiva, graças a um cartão amarelo recebido no terceiro set e que rendeu um ponto ao time carioca. O resultado de tanta indignação: 28 pontos marcados pela jovem catarinense, de 21 anos, quase 30% do total marcado pelo Osasco.
A fantástica atuação de Natália foi o ponto alto de um jogo para entrar na história do vôlei feminino brasileiro, e que culminou com a vitória do time paulista, quebrando um jejum de quatro vice-campeonatos seguidos na Superliga. Mas se já seria natural esperar um duelo emocionante, até pelo histórico de rivalidade entre Sollys e Unilever, a marcante atuação de Natália (segunda maior pontuadora do torneio) mostrou que estamos diante de uma feroz máquina de fazer pontos.
Mas é bom avisar: não se trata de uma nova Ana Moser. Embora o poder de ataque das duas seja semelhante, Ana Moser tinha um ótimo passe, além de jogar demais. Natália tem um enorme potencial, mas ainda precisa evoluir muito nas quadras.
O único ponto negativo da decisão da Superliga foi seu próprio regulamento. É de uma burrice inaceitável que um torneio cuja fase de mata-mata foi toda em melhor de três jogos tenha sido decidido numa só partida.
A coluna Diário Esportivo, assinada por este blogueiro, é publicada às sextas-feiras no Diário de S. Paulo
"Disse que quero jogar o Mundial. Ele falou que conta comigo e que me convocará. Estou com muita vontade de voltar"Ala Iziane Marques, em entrevista ao Diário Lance! desta quinta-feira, relatando seu encontro com o novo técnico da seleção brasileira feminina, o espanhol Carlos Colinas, que confirmou qie irá convocá-la para o Mundial da República Tcheca.
Foto: Garrincha comemora com Vavá um dos gols da seleção brasileira na decisão contra a Tchecoslováquia
Crédito: Reprodução
Coluna Diário Esportivo, publicada na edição de 16 de abril do Diário de S. Paulo
Pode ter terminado de forma melancólica, na última terça-feira, uma parte significativa da história recente do esporte brasileiro. O Brasil Vôlei Clube, que traz em seu DNA toda a tradição do antigo Banespa — e que após a venda do banco foi rebatizado de Santander —, ainda respira por aparelhos, mas deverá mesmo acabar por falta de patrocínio. Se o motivo do fechamento não chega a ser novidade, é de se lamentar profundamente que o encerramento das atividades do clube termine, por tabela, com a maior escola formadora de talentos do vôlei brasileiro.
Ao ser eliminado terça-feira pelo Montes Claros nas quartas de final da Superliga masculina, o time de São Bernardo também acabou com um ciclo de sofrimento que já durava desde agosto do passado, quando o Santander anunciou a retirada do investimento. O pior de toda esta história, para mim, é saber que o maior fornecedor de mão de obra do vôlei do Brasil irá fechar as portas.
Um número apresentado em uma reportagem do DIÁRIO da última quarta-feira, de autoria de Marta Teixeira, mostra a importância do Banespa (não consigo me acostumar a chamar este time por outro nome): em seus 26 anos de atividade ininterruptos, nada menos do que 23 jogadores formados pelo clube chegaram à seleção brasileira adulta. Nomes da importância de Marcelo Negrão, Tande, Giovane, Ricardinho, Murilo, Gustavo, Rodrigão. Todos craques, todos campeões. O fechamento do Banespa é, também, o fim de uma parte do vôlei do Brasil.
Foto: Um dos históricos times do Banespa, com Marcelo Negrão (nº 1), Giovane (3), Amauri (15), Montanaro (4) e Maurício (na fila de baixo, o terceiro da direita para a esquerda)
Crédito: reprodução
A coluna Diário Esportivo, assinada por este blogueiro, é publicada às sextas-feiras no Diário de S. Paulo
De forma surpreendente, a CBF decidiu entregar a famosa Taça das Bolinhas para o São Paulo. Aquela cujo dono seria a equipe que conquistasse o Campeonato Brasileiro três vezes consecutivas ou cinco alternadas. E pela lógica da entidade que comanda o futebol brasileiro, o primeiro time a se sagrar pentacampeão nacional foi o Tricolor.
Eis o final de um dos assuntos mais aborrecidos e pentelhos na imprensa esportiva nos últimos anos. Uma grande malice. Todo mundo que conhece um pouco de futebol sabe que o Flamengo foi o primeiro penta, pois ganhou o título da Copa União de 1987 (que deveria ser dividido oficialmente com o Sport) e garantiu a quinta conquista em 1992. O São Paulo só faturou seu quinto título em 2007, ou seja, 15 anos depois.
Querem saber de uma coisa: o São Paulo deveria pegar esta droga de taça e entregá-la ao Flamengo. Seria uma bofetada com cinco luvas de pelica no Ricardo Teixeira.
Foto: A seleção brasileira posa com a taça Jules Rimet (nas mãos do capitão Bellini), após derrotar a Suécia na final por 5 a 2 e conquistar a Copa do Mundo pela primeira vez
Crédito: Fifa.com
15s - Vaclav Masek (Tch) - Tchecoslováquia 3 x 1 México - 7/6/1962
25s - Ernest Lehner (Ale) - Alemanha 3 x 2 Áustria - 7/6/1934
27s - Bryan Robson (Ing) - Inglaterra 3 x 1 França - 16/6/1982
37s - Bernard Lacombr (Fra) - França 1 x 2 Itália - 2/6/1978
50s - Adalbert Desu (Rom) - Romênia 3 x 1 Peru - 14/7/1930
52s - Celso Ayala (Par) - Paraguai 3 x 1 Nigéria - 24/6/1998
“Se o Ubiratan jogasse em um país de Primeiro Mundo, já teria entrado no Hall da Fama há muito tempo.”
A frase acima é de Wlamir Marques, ex-ala da seleção brasileira e foi publicada pelo DIÁRIO na edição de 18/07/2002, um dia após a morte de Ubiratan Pereira Maciel. Amigo do ex-pivô, companheiro na campanha do título mundial de 1963 e na conquista da medalha de bronze olímpica em Tóquio (64), Wlamir não se conformava com a ausência de Bira no Hall da Fama do Naismith Memorial, em Springfield (EUA), que reúne as maiores lendas do basquete mundial.
Desde a última segunda-feira, Wlamir não precisa ficar mais inconformado. Os dirigentes do Hall da Fama aprovaram a entrada de Ubiratan entre os imortais do basquete, colocando-o no mesmo patamar de monstros sagrados como Michael Jordan, Larry Bird, Magic Johnson, Isiah Thomas, entre outros craques inesquecíveis. E que fique bem claro: a presença do velho Bira no Hall da Fama americano (ele já havia sido incluído no Hall da Fama da Fiba no ano passado) é mais do que justa.
O “Cavalo de Aço”, como Bira era chamado, foi o mais importante pivô da história do basquete brasileiro. Conciliava uma agilidade impressionante na luta pelos rebotes com muita garra dentro da quadra. Participante ativo da geração de ouro do Brasil, foi vice-campeão mundial em 1970, na extinta Iugoslávia. Ainda foi bronze nos Mundiais do Uruguai (67) e Filipinas (78). Este prêmio é mais um rebote que o grande Bira pegou lá no céu.
A coluna Diário Esportivo, assinada por este blogueiro, é publicada às sextas-feiras no Diário de S. Paulo
"A informação que nos temos é de que o Trezeguet gostaria de jogar no Corinthians. Seria uma honra para nós tê-lo no time. O jogador pode entrar em pauta mais para frente. Agora, estamos focados e não precisamos mexer no grupo"Mario Gobbi, diretor de futebol do Corinthians, em entrevista à ESPN Brasil, literalmente esnobando uma estranha oferta para contar com Trezeguet no Timão. E o Dia da Mentira foi na semana passada, hein?